terça-feira, 13 de outubro de 2009


Alô Música

Acaba de ser lançado o primeiro número da revista Alô Música-Clássica e Instrumental.
São 40.000 exemplares, distribuídos encartados no jornal O Globo e o restante distribuído por Centros Culturais, Livrarias, Bibliotecas e outros.

terça-feira, 30 de junho de 2009


Como a vida é curiosa.
Por mais que a razão procure minimizar os fatos acoimando-os de coincidências, sistematicamente surgem outros que apontam, surpreendentemente, no sentido de mostrar que “há algo além da nossa vã filosofia”.
Digo isso porque acabava de lêr o pensamento de Platão que diz: “Todo homem que não traz música dentro da alma, não é digno de confiança”, quando me vem às mãos a notícia de que o Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, uma das mais tradicionais escolas de música do Brasil, fundada em 1906, portanto a 103 anos, havia desaparecido por obra e graça de dois “Decretos” do então Prefeito José Serra.
Esses “Decretos”, pura e simplesmente determinaram a desapropriação do prédio onde a instituição funcionou por 99 (noventa e nove) anos, como também “tomou” para o poder público todo o acervo bibliográfico da entidade, composto de 19.000 volumes, entre os quais inúmeras obras raras – livros, manuscritos e partituras musicais. A alegação do ex-prefeito refere-se à dívida que o Conservatório teria quanto ao pagamento do IPTU.
Pergunto?
O prefeitinho teria a mesma atitude se ao invés do Conservatório Dramático e Musical, a dívida fosse devida pela Escola Paulista de Medicina, ou pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco?
Acredito que não, pois os alunos e ex-alunos dessas veneráveis instituições de ensino por certo se rebelariam contra ato tão truculento.
Eu, como ex-aluno do Conservatório – do qual sempre me orgulhei – mesmo sabendo que, talvez , possa ser apenas uma voz clamando no deserto, não posso deixar de conclamar a todos os paulistas que amam o nosso solo e a todos os brasileiros que trazem a música na alma, que se juntem e passem a divulgar, aos quatro ventos, esse e outros atos desse senhor que pretende chegar à Presidência da República.
Tenho a absoluta certeza de que, se não fosse a militância política, o nome desse senhor seria igual ao de um José qualquer, sem parâmetro de comparação com qualquer dos incontáveis alunos, ex-alunos e professores que passaram por tão venerável instituição. A quem compará-lo? A Mário de Andrade? A Camargo Guarnieri? Aos irmãos Alimonda? (Alteia, Lydia e Heitor), ao inesquecível Professor Caldeira Filho? A Rossini Tavares de Lima? À Miguel Arquerons? À João Sépe? A Alonso Aníbal da Fonseca? A Antonio Munhoz? A Eny da Rocha? Chega. Seria um não acabar de nomes de grandes artistas e de melhores brasileiros.
Apenas para aguçar a curiosidade de todos aqueles que têm a música como o farol das suas existências proponho: Procure informações sobre os atos contra o patrimônio musical paulista cometidos por esse senhor. Informe-se também sobre o que acontece hoje no Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí; e aonde foi parar a Universidade Livre de Música.
É bom parar e pensar nas palavras de Platão:

“Todo homem que não traz música dentro da alma, não é digno de confiança”,

Sérgio de Vasconcellos-Corrêa
Como a vida é curiosa.
Por mais que a razão procure minimizar os fatos acoimando-os de coincidências, sistematicamente surgem outros que apontam, surpreendentemente, no sentido de mostrar que “há algo além da nossa vã filosofia”.
Digo isso porque acabava de lêr o pensamento de Platão que diz: “Todo homem que não traz música dentro da alma, não é digno de confiança”, quando me vem às mãos a notícia de que o Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, uma das mais tradicionais escolas de música do Brasil, fundada em 1906, portanto a 103 anos, havia desaparecido por obra e graça de dois “Decretos” do então Prefeito José Serra.
Esses “Decretos”, pura e simplesmente determinaram a desapropriação do prédio onde a instituição funcionou por 99 (noventa e nove) anos, como também “tomou” para o poder público todo o acervo bibliográfico da entidade, composto de 19.000 volumes, entre os quais inúmeras obras raras – livros, manuscritos e partituras musicais. A alegação do ex-prefeito refere-se à dívida que o Conservatório teria quanto ao pagamento do IPTU.
Pergunto?
O prefeitinho teria a mesma atitude se ao invés do Conservatório Dramático e Musical, a dívida fosse devida pela Escola Paulista de Medicina, ou pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco?
Acredito que não, pois os alunos e ex-alunos dessas veneráveis instituições de ensino por certo se rebelariam contra ato tão truculento.
Eu, como ex-aluno do Conservatório – do qual sempre me orgulhei – mesmo sabendo que, talvez , possa ser apenas uma voz clamando no deserto, não posso deixar de conclamar a todos os paulistas que amam o nosso solo e a todos os brasileiros que trazem a música na alma, que se juntem e passem a divulgar, aos quatro ventos, esse e outros atos desse senhor que pretende chegar à Presidência da República.
Tenho a absoluta certeza de que, se não fosse a militância política, o nome desse senhor seria igual ao de um José qualquer, sem parâmetro de comparação com qualquer dos incontáveis alunos, ex-alunos e professores que passaram por tão venerável instituição. A quem compará-lo? A Mário de Andrade? A Camargo Guarnieri? Aos irmãos Alimonda? (Alteia, Lydia e Heitor), ao inesquecível Professor Caldeira Filho? A Rossini Tavares de Lima? À Miguel Arquerons? À João Sépe? A Alonso Aníbal da Fonseca? A Antonio Munhoz? A Eny da Rocha? Chega. Seria um não acabar de nomes de grandes artistas e de melhores brasileiros.
Apenas para aguçar a curiosidade de todos aqueles que têm a música como o farol das suas existências proponho: Procure informações sobre os atos contra o patrimônio musical paulista cometidos por esse senhor. Informe-se também sobre o que acontece hoje no Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí; e aonde foi parar a Universidade Livre de Música.
É bom parar e pensar nas palavras de Platão:

“Todo homem que não traz música dentro da alma, não é digno de confiança”,

Sérgio de Vasconcellos-Corrêa

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cursos via Internet

Se você está procurando um professor de Teoria Musical, de Contraponto, de Harmonia, de Análise Musical ou de Composição, entre em contato com svascon@uol.com.br

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ponteios editados na Bélgica


Os "12 Ponteios" para píano, obra composta em 1954 por Sérgio de Vasconcellos-Corrêa, acabam de ser editados na Bélgica pela Editora ALAIN VAN KERCKHOVEN ÉDITEUR, como um dos itens da série "La Nouvelle Musique Consonante" (Antonio Eduardo Collection).

São pequenas peças de média dificuldade que exploram os mais diversos recursos interpretativos do pianista tais como: a delicadeza do toque, a emotividade, a brejeirice, as inúmeras nuanças da sonoridade, enfim, toda a gama de recursos técnicos e interpretativos do pianista.

domingo, 31 de maio de 2009


Sempre achei estranha a mania que temos de “Comemorar” datas de falecimento. Não que o uso do verbo esteja incorreto, não, pois “comemorações” são feitas para “homenagear”, “lembrar”, “trazer à memória” datas de aniversários, fatos ocorridos, personalidades etc. No entanto para mim, soa mal dizer: “Estamos comemorando o qüinquagésimo aniversário da morte de Villa-lobos”. A impressão que me fica é a de que estamos felizes por lembrar a data em que saiu do nosso convívio, aquele que considero se não o maior, um dos maiores compositores do SÉCULO XX. Porque não “Relembrando Villa-Lobos”?Acertadamente a Prefeitura Municipal de Santos optou por destacar, dentro da sua já tradicional “Semana Villa-Lobos”, o complemento “50 ANOS SEM VILLA”. Tive o privilégio de assistir a algumas apresentações e confesso que, mesmo conhecendo o potencial dos artistas envolvidos no projeto, fiquei realmente empolgado com o altíssimo nível das atuações que presencie. O Coral Municipal de Santos e o tradicional MADRIGAL ARS VIVA, ambos sob a competentíssima direção do maestro ROBERTO MARTINS, deram uma demonstração do que é a “verdadeira prática coral”. Tenho a certeza de que é desses grupos que vão sair os professores de música que as nossas escolas tanto precisam, já que das Faculdades de Música nada se pode esperar a respeito. O abnegado pianista e professor ANTONIO E(DUARDO que, ao contrário da grande maioria dos interpretes brasileiros, vem mantendo uma saudável e patriótica cruzada em prol da música brasileira, fez uma descontraída “palestra-concerto” sobre a obra pianística de Villa-Lobos, executando com compreensão e estilo algumas composições do mestre. O fecho com chave de ouro veio através da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos dirigida por LUIZ GUSTAVO PETRI. A postura, a afinação, a atenta resposta às mínimas e precisas indicações do maestro foram responsáveis pelas excelentes versões que ouvimos da Bachianas Brasileiras nº 2 e 7. Luiz Gustavo Petri mostrou-se um “Diretor de Orquestra” digno desse título, Não apenas dirigiu com precisão, como soube transmitir à orquestra a sua concepção estética e a emotividade que transparecia em cada um dos seus gestos. É uma pena que os nossos homens públicos não imitem a postura dos homens públicos de outros países, ou mesmo de políticos nossos de outros tempos. Tenho vídeos de Horowitz tocando na Casa Branca para o Presidente J. Carter, em Londres assistido pelo Príncipe Charles, Princesa Diana e outros membros da realeza. Cansei de ver no Teatro Municipal de São Paulo os Governadores Ademar de Barros, Jânio Quadros, Paulo Maluf e Paulo Egídio Martins e Secretários como José Mindlin e Cunha Bueno. Se um dia se dispuserem a prestigiar os artistas músicos, poderão verificar ”in loco” o acerto do investimento despendido. SÉRGIO DE VASCONCELLOS-CORRÊA. (Publicado no Jornal A Tribuna de Santos).

sábado, 30 de maio de 2009

Defesa de Tese.


"Mário de Andrade e o estro romântico de sua propositura estético-musical; expressão da determinação histórica no capitalismo hiper-tardio", foi a Tese apresentada por Henri de Carvalho, em 26 de maio p.p., perante Banca constituida pelos Doutores: Yvone Dias Avelino, Sara Albieri, Mauro Luiz Peron e Sérgio de Vasconcellos-Corrêa, no setor de Pós-Graduação em História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). O Orientador foi o Professor Dr. Antonio Rago Filho. Por unanimidade a Banca Julgadora conferiu ao novo Doutor a nota máxima.